(as rosas não falam)
e antes de dar a adeus
jogou pétalas da rosa que me dera mais cedo dizendo que era símbolo do nosso amor, e quando muchasse? não quer dizer que se acabou o amor, era ali, símbolo momentâneo, de mais um dia especial.
beijou uma e colocou do lado travesseiro onde dormia,
e naquela hora, o nó se formou, e todos os sonhos se despedassaram.
e eu desejei que aquilo não acontecesse.
e ele foi embora.
eu fingia que dormia, presa no meu orgulho, na minha vaidade. e deixei que ele fosse.
quando percebi que ninguém me olhava, segurei a pétala, desejando algo dela que não podia me dar, e vi o filme de tudo em cores vivas, cada sentimento, cada briga, e todas as emoções
Na hora em que o sol começou a nascer, foi onde tudo desabou.
e eu segurava a pétala com tanto ardor, com tanta vontade.
e quando menos eu esperava, ele volta, e diz que lamenta ter concordado comigo que não precisamos de complemento, pois quando passou da porta, foi caminhando como se algo faltasse nele, assim como algo faltava em mim, no meu coração que batia com dor, e na minha vida, como se quebrasse um pedaço de tudo que estava por vir.
e por um instante eu não tinha nada.
além da ausência, a rosa na cozinha, e nossas risadas passadas.
bate outra vez
com esperanças o meu coração
pois já vai terminando o verão,
enfim
(...)
queixo-me às rosas,
mas que bobagem
as rosas não falam
simplesmente as rosas exalam
o perfume que roubam de ti
(...)
segunda-feira, 4 de abril de 2011
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